sexta-feira, 22 de julho de 2011

Pela Escola Laica!

Tanto tempo sem me expressar no “Meu querido Blog”, que cheguei a me sentir meio que imbecil,apolítica.Entretanto esses dias fui ferida com comentários maledicentes e equivocados sobre um posicionamento acerca da defesa por uma escola laica.É sabido por todos que a escola não deve basear o ensinamento cientifico a partir de ideologias religiosas seja quaisquer que seja,salvo as escolas que fazem parte de dos “domínios” das instituições religiosas,que não devem abusar do poder,apenas podem colocar na grade curricular a disciplina religião e por bom senso e aprovação dos seus alunos no vestibular,não devem omitir ensinamentos científicos fundamentais para a realização das avaliações das boas (sic) universidades.No medievo a igreja católica detinha o poder sobre todo conhecimento pedagógico formal, como não é mais segredo,sabemos que por muito houve abusos e fatos de extrema violência cometidos por essa “sacra coorporação”,João Paulo já pediu perdão,mas o fato de ter matado mais que a 1ª e 2ª guerra e ser a principal mentora da escravização da população negra,parece que foi apagada as lamparinas de quem deveria priorizar pelo conhecimento livre de q ualquer julgamento preconceituoso.


No atual contexto histórico da nossa nação,onde a intolerância religiosa se manifesta com tamanha força e que muitas vezes é confundida com a homofobia,ou pode até ser mesmo uma equação entre as articulações do racismo=homofobia,que enfim dar no mesmo.Como diz minha querida professora Janja “Eu sou amante da educação e inimiga da escola!”.Pois é a escola é um saco,um saco malafrojado de intolerância e senso comum,que promove o ódio, o conhecimento vulgar e a falta de respeito ao próximo.Essa instituição perdeu o ponde da revolução,o dialogo entre discentes e docentes tornou-se uma das novas dicotomias,às drogas entraram mesmo e estão comandando, e isto não é apenas nas publicas,podemos encontrar um banquete para “paraísos artificiais” em qualquer espaço,seja na Barra da Tijuca,bem como na Ilha do dendê. Mais o que me deixa perplexa é como o assunto é trato,com total falta de discernimento,na cabeça da maioria dos que comandam esses locais de “aprendizagem” o assunto ou é omitido ou enfrentado com punições, mas o que seria basilar destes ambientes é totalmente invisibilizado,o debate didático,o que informa,o que permite a cura.Resultado,o aluno que deveria ser o ator principal, que deveria ser instrumentalizado pela ciência,que é algo muito legal e maravilhoso,sente-se completamente fora do que a escola propõe.A escola transformou-se num espaço de violências veladas,humilhação e rancor.

Evidente que temos excelentes exemplos e profissionais maravilhosos,mas infelizmente é uma minoria que luta como formiguinhas incansáveis.Sou professora por formação,amo o oficio de ensinar,mas acredito que me dou melhor dando aulas andando pela minha cidade e escrevendo neste espaço aqui,que é muito mais democrático.Tenho boas lembranças das minhas escolas,das aulas de musica da Babylândia,atual José Nery,de Tia Marisa,que é uma pessoa iluminada, que tem um amor maior que o mundo e que compartilha com todos desse amor,tenho uma imensa saudade das aulas com Profº Zé Raimundo e sua gentileza, das aulas no magistério do Padre Fenelon com Graça e dos palavrões de Profº Wanderley,mas tenho saudades principalmente dos amigos,do cheiro do lápis de cor e dos livros,de D.Ineizinha traçando a gente no galpão escuro do Fenelon,das 8ªs série de meninas e de meninos tudo separado.Saudade acima de tudo do tempo que os educadores tinham o respeito pela liberdade de expressão dos seus alunos e seus pais,quando esta se tratava de criticas que ajudam a consolidar o movimento democrático.

Hoje sofro quando vejo essa juventude que é sistematicamente violentada pelas instituições de ensino,com o racismo,o sexismo ,a homo e lesbofobia e a intolerância religiosa que esses “lugares” educam essas pessoas a perpetuarem essas mazelas que não cabem mais neste mundo que aí está

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