terça-feira, 30 de março de 2010

O último jovem professor em rebeldia!

Numa quarta de raios,trovões,na segunda quinzena do mês de março,realizando um dos rituais que me deixa futilmente invadida de contentamento,ir  ao salão de beleza,foi que percebi o quanto a juventude burguesa que está surgindo com seus titulos,seus porta malas ensurdercedores,consumo de drogas compulsivo e o preconceito amolado me dão medo,Eliene é a dona do salão de beleza,temos histórias parecidissímas,rompemos com os sacro-lacres que a sociedade nos envolve,não temos medo da entrega e nem de declarar o fim,nesta conversa "filosofica" sobre o fenômeno da pervisidade contra o que e quem é diverso nesse novo contexto social, foi que minha cabelereira cantou os versos:

Não sou escravo de ninguém
Ninguém, senhor do meu domínio
Sei o que devo defender
E, por valor eu tenho
E temo o que agora se desfaz.(Metal contra nuvens,Renato Russo)

Fiquei tão emocionada,estava diante de mim uma "rebelde evangelica",cantando Legião Urbana com tamanha verdade,que trazia para si a responsabilidade de ser "livre".Sinto falta disto,dessa coisa de querer ser livre,destemita,de cara.Somos de uma mesma geração Eu,Eliene e Ediney Santana,achavamos tudo podre(achamos ainda),mas aos sábados viamos Renato Russo na TV,cantavamos seja no grupo de jovens,namorando ou no chafariz da praça que "Temos o nosso próprio tempo",não eram as fotografias saturadas de fotoshop que despertavam nossa sexualidade,havia sempre um violão,havia poesia contestadora,influênciada por "Renato",a beleza era cultuada sim,mas não era mais importante que o carater,o talento.Será que somos culpados por tanto individualismo?Será que foi a juventude anos 90,que começou a matar a poesia,começamos a plantar esse povo infeliz,intolerante, juventude "reality show".Cresci ouvindo os "Menudos" cantando "Não se reprima",esta semana lí sobre a saída do armário de Rick Martin(quanto tempo silenciosamente sofrido),viajo todos os dias ouvindo intolerâncias sociais e sobre orientação sexual proferidas por jovens de classe média,nos seus 20 anos e que não gostam de ciência,leio sobre violência aos pretos,pobres,bichas,e mulheres de cabelo duro,gordas,putas,sapatas,recebo mensagens de supostos amores,que estão findando ou que ainda estão por vim,penso como vou educar meus meninos e como farei a revolução,existe em mim muito de Ranato Russo,foi e é um grande mestre,coincidência ou conspiração,na semana do aniversário dele,num templo à beleza falsa,com uma mulher negra, sem academia,ouvindo musicas evangelicas,encontrei uma companheira de luta,isso me dar uma segurança de que o que vejo,alguem também vê,nada está perdido,totalmente.Somos uma parte dos "despartidários",religiosos e libertários,olhando para o próximo,querendo amar,desejando beijos,sexo revolucionário,declarando guerra para gritar "liberdade",sem medo de nos arrebentar,por pari,por amar e não ser amada,por não conseguir pagar as contas no fnal do mês,nada disso  rouba a "nossa coragem" em sermos felizes para sempre!


Dedico esse texto aos jovens projetos de rebeldes revolucionários:Thiago(meu filho)Luana(minha afilhada)Hesli Fabricio(amigo de Lua nova)Douglas Nassife(amigo de Lua nova tbm)que quando deixarem no caminho da luta  o excesso de burguesia há que foram condicionados pelo sistema social,realizarão a revolução,que não será televisionada!

2 comentários:

Non je ne regrette rien: Ediney Santana disse...

sobre o texto:
"E há muito estou alheio e quem me entende
Recebe o resto exato e tão pequeno:
É dor se há, tentava, já não tento.

E ao transformar em dor o que é vaidade
E ao ter amor se este é só orgulho
Eu faço da mentira, liberdade
E de qualquer quintal faço cidade
E insisto que é virtude o que é entulho:
Baldio é meu terreno e meu alarde.
"
Renato Russo

Hesli Fabricio disse...

Nossa amei por tudo esse texto. Primeiro ao indispensavel Renato Russo, a liberdade, a revolução e a você. Meu nome está gravado nesse escrito me deixa muito feliz.