domingo, 10 de março de 2013

Minha teoria da conspiração

Quando fiquei sabendo que a o PT cedeu a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) ao PSC. O atual governo da presidenta Dilma, seguindo a ideologia do antigo, tem como bandeira a coalizão, que não é uma coisa inédita na frágil democracia deste país, pois com FHC era a mesma coisa. O que significa governo de coalizão no nosso "matreiro" Brasil politico representativo? Quem vai ganhar alguma coisa para fazer o que o executivo quer. E é assim que começa toda a movimentação de revolta que vemos eclodir nas redes sociais. Não concordo com Marcos Feliciano e até engrosso o caldo dxs indignadxs. Entretanto, causa-me estranhamento quando começo a ver petistas e evangélicos mobilizando protestos contra este pastor de cabelo alisado e sombracelha mal depilada. Antes da votação quando apenas era um burburinho maneiro entre PT e PSC, só o deputado Jean Wyllys se posicionava nas redes contra a escolha do governo e base aliada. Por que só agora, depois que o tale do pastor está sendo combatido por quem desde o principio aceitou o seu nome como presidente? Apenas uma pessoa votou em branco! Minha teoria da conspiração começa a partir deste questionamento, posto que, desconfio de todo protesto em massa neste país, desconfio da ala esquerda desta nação, principalmente quando ela permite que kit gay seja proibido de ser divulgado, até mesmo para estudos, quando ela se cala sobre o estatuto do nascituro. Desconfio quando ela fica insandecida com vinda de blogueira Cubana, mas fica caladinha até perceber que a população não aceita pastor golpista, racista e homofóbico,  presidindo uma comissão que deve defender essas pessoas.
Ora gente, basta ler um pouco sobre as maiores criticas das entidades internacionais sobre Direitos Humanos no Brasil, que vamos entender qual o esquema que está armado na entrega desta " mina de ouro" para o evangélicos.
O Brasil é velho conhecido pelas péssimas condições humana do sistema carcerário, e como os jovens deste "mulato isoneiro" morre pelo poder do qual o Estado institui o direito de usar a força, a policia.
Como se estrutura a minha teoria:

1o Os evangélicos como grupo social importante, escolhe como enfoque de doutrina a tempos atrás um setor difícil e totalmente desprezado, marginalizado, uma realidade que muitos deles vivenciaram, a população que vive nos presídios. A nossa sociedade tem horror e é impiedosa com ladrões, assassinos, pobres, drogados, na sua maioria  negros e rebeldes. Pessoas que o Estado não oferece condições de mudança, pessoas que precisam de atenção. É nisto que contem o grande saque das congregações evangélicas, a acolhida dessas pessoas. Hoje, vemos grupos evangélicos, "em nome de Jesus" comandar grandes centro de reabilitação de dependentes químicos. Que além de receberem o alento, conseguem a partir da religião ascender de vida e classe, é como se passasse um "borrão" no passado de "crimes e castigos".

2o Tudo gira numa lógica capitalista que nada tem haver com Jesus Cristo. O Brasil precisa se enquadrar em alguns pré-requisitos, para poder conquistar investimentos no exterior. Grandes empresas morrem de medo de país que vive conflito entre governo e população. Países instavéis prejudica o lucro privado. Como sabemos que a tendência agora são as grandes empresas procurar os países onde a mão-de-obra é "baratinha", daí surge minhas coceiras. Mas não é Brasil que tem uma CLT que tende para o amparo ao/à trabalhador/a?  A corrente é que o trabalhador/a fiquei cada vez mais caro/a, como trazer essas grandes empresas para o nosso país? Eis o grande saque: dar suporte aos evangélicos, porque eles tem uma boa relação, com as pessoas que o Estado não sabe "recuperar". Mega amparados pelo Estado, controlando a população carceraria, os evangélicos ganham fieis e ficam cada vez mais poderosos financeiro e politicamente, usando como sustentação a doutrina de "Jesus e prosperidade". Uma vez que contratar um presidiário para trabalhar é um grande negocio, essas pessoas não tem direitos trabalhistas, recebem bem menos e ainda podem ser beneficiadas com a redução penal, e o mais importante, elas podem votar. É um esquema hiper lucrativo, onde todo mundo sai ganhando.
Só que existe uma pedra no meio do caminho, os coletivos LGBT's. Que assim como os evangélicos, perceberam que devem tomar a politica representativa, e que por não viverem os grilhões do patriarcado como vivem as mulheres, prisioneiras do controle dos corpos pelo Estado, podem ganhar muito dinheiro, pois também gozam dos privilégios de classe, raça e geração. A turma LGBT sabe que o judiciário é um grande aliado, e tem acesso a essa esfera do poder.
Há tempos  canto a pedra de que vai acontecer um embate que pode descambar para a violência, porque ao contrário da população negra e de mulheres,  homossexuais não foram educados para receber porrada, porque homossexual não deixa de ser homem, recebem a mesma formação social dos heteros, entendem que quem bate tem que apanhar. Nós mulheres e negrxs de tanto apanharmos, aprendemos a ficar calados e jogar para "Deus" e o "Tempo". 
Acho que até aqui vocês estão entendendo que o conflito que gerou a escolha deste pastor que nunca se privou de mostrar seu racismo (é só olhar para a pala da "juba" do cara) explode do seu enfrentamento às/aos LGBT's. Não vi nenhuma liderança que defende a causa racial em Brasília se opor ao alisado Feliciano.


3o Marcos Feliciano caiu numa armadilha, uma velha arapuca. Não é a opinião publica, não é a população negra e nem a LGBT que vai tirar Feliciano da presidência desta comissão, ele caiu no antigo golpe: " dar corda para se enforcar". Nada melhor para o governo ter como argumento que a opinião publica repudia o pastor,  portanto ele deve ser destituído do cargo, para que outra pessoa mais "querida" possa assumir. Porque com Renan, milhões de assinaturas nem valeram um pronunciamento público, nem das alas de esquerda dos partidos aliadas. Agora a minha teoria não sabe dar conta, porque "a base aliada" está de crocodilagem com o cara?  É preciso também registar que o presidente da Comissão do Meio Ambiente é o conhecido moto serra  de ouro, o rei da soja, o cara que mais desmata neste país. 

Neste nosso país continental, é pratica velha deixar as "repousas tomando conta dos ovos" Agora, existe um aspecto positivo em toda essa polemica, existe um Brasil que não deseja ser comandado por facções religiosas, que defende a diversidade, ainda que sem um reflexão e questionamento mais profundo sobre os esquemas politicos. E que ainda elege esses homens por conta da cargos e privilégios particulares. Estou gostando da briga, e espero que o desfecho não seja mais um engodo.


2 comentários:

Non je ne regrette rien: Ediney Santana disse...

Lendo tudo isso, tenho vontade de duas coisas: me trancar em casa ou ir para o Iraque que é um país mais seguro e calmo

Hesli Fabricio disse...

Da nojo e raiva, demasiadamente.