quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

*Uma mulher viado!?


Um ex amigo colorido certa vez me disse que se eu tivesse vocação pra prostituição os homens estariam perdidos!
Sentia muito orgulho em sempre me doar ao outro sem essa coisa de capitalizar emoções. Verdade que já barganhei valores com sentimentos, mas nunca me senti feliz por ter feito, mesmo que fosse numa relação de conjugalidade formalizada. Não me vendo como muitas das que conheço fazem( e interpretam muito bem). Não me seduzem com jantares em restaurantes badalados, viagens, jóias e outras materialidades fugazes. Gosto é da materialidade da carne em carnavais entusiasmados do gozo, da troca. Quando tentei viver dessa coisa de mulherzinha propriedade privada, morri.
Carol Poteman,no seu genial e muito chato “Contrato Sexual”, nos diz o quanto de desempoderamento que nós mulheres sofremos, quando permitimos o Pacto Sexual com os ditos maridos,onde institucionalizamos o direito político desses sobre nós.
Ter um homem financeiramente promissor é uma vantagem? Casar para ascender socialmente seria uma boa escolha? O casamento como poupança do futuro ainda seria um investimento seguro e rentável?
Esta semana bem depois do coito, ouvir de um homem meio idiota, que ele manteve uma relação de “namoradinho” de uma puta, só para não precisar pagar. Essa criatura e muitas outras nos vê dessa forma: comprável. Seja com sexo exótico ou com troca de afeto, mas nada que extrapole a esfera do capital.
E se a mulher for mais rica? A maioria não sente o menor constrangimento em receber as benesses das quais só o dinheiro é capaz de proporcionar. Estou de saco cheio de conversar com gente que só fala em dinheiro (na maioria, alheio). Os meus amigos já repetem uma das minhas frases mais ditas: “Lá vem ele com seus sentimentos de classe!”
Sempre me acho uma extraterrena entre os homens que tenho conhecido nos últimos tempos. Esse mesmo ex amigo colorido supracitado (kkkk) me alertava para essa síndrome de mulher casada que desenvolvi, de só me permitir relações monogâmicas. Mas ando em fase de grandes mudanças, estou mais curiosa e menos emotiva. Quando se vai caminhando, a gente aprende que as pessoas sempre falam e agem como realmente são. É só prestar um pouquinho de atenção na ênfase dada às mentiras ou aos fatos vividos de fato. Acredito nos parênteses, muito mais do que no que vejo no meu limitado e burro alcance da visão.
Como no e-mail recebido hoje, não sou mulher. Não quero quem me ofereçam dinheiro. Sou um viado, meu interesse é no pênis e nada mais!
Homens são inseguros, exibidos e idiotas (homens alfas, machinhos materialistas). Adoro quando esses tipinhos se batem com as putas sonsas e elas arrasam a vida desses misóginos.
Mas ando vez ou outra com meu sorriso de Monalisa, quando encontro esses tipinhos, que se dizem sempre com o controle da situação!


*O título do texto faz referencia a uma piada infame, de que mulher gosta de dinheiro e quem gosta de homem é viado. Sempre vejo que alguns homens são mais felizes ao lado de outros homens, mas também vejo que alguns homens não são apenas homens. Creio que em breve essas categorias binárias: homem X mulher devem desaparecer,como propõe Judith Butler e sua teoria da Desconstrução do Gênero, para surgir uma coisa com variadas formas de vivência,a categoria PESSOA. Já ando transitando por esse caminho. Estou adorando!

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