segunda-feira, 19 de julho de 2010

Estou fora de orbita!

Nada que penso é comum a ninguem,sou uma criatura antagonica.Quero ser democrática,mas sou imperialista com meus meninos.Digo que sou devota dos sonhos,mas vivo cuspindo a realidade na cara dos outros.Abomino a escravidão,porém,não sei cuidar da minha casa.Planejo trepar por trepar,no final estou namorando e fazendo planos de uma vidinha bem sem sal e sem açúcar,com afeto doente.Não vejo graça na maioria das coisas que me indicam pra ler,contos eróticos com rima,livros de auto ajuda,poemas milimetricamente confeccionados para se falar o quanto são infelizes,o quanto são preparados intelectualmente,tão acima do bem e do mal.Os meus hérois,estão bem próximos de mim,são extremamente vulneráveis e desequilibrados.A minha paciência para gente perfeita,gente linda demais,gente rica demais,nunca existiu.Gosto do que faço,no que trabalho,mas não acordo antes das 8H00 feliz pra nada e nem ninguém que eu ame,resolvo a maioria dos meus problemas depois de uma bela soneca(soneca para mim quer dizer mais de 5H00).Gosto de estudar,só que a cada a dia estou convencida que a revolução não acontecerá na "escola".Homem sexy para mim,não é másculo,ele deve ter um sorriso  e uma inteligencia generosa.Mulher sexy para mim,deve ter atitude,como as gordinhas que vejo na praia de biquíni,mesmo com celulites e estrias, transitam com muita segurança,sem importar-se com os olhares de soslaio,ou com piadinhas infames,entretanto, confesso,que me importo sim,com os olhares censores da vida alheia e vivo de dieta.Sou uma mãe que compreende que os filhos crescem,mas quero escolher os amigos,as namoradas,o horário de voltar pra casa.Não sou uma martire em nome da família,meu entendimento de família é completamente diferente dos que me rodeiam,escolhi dentre alguns,quem devo ser intima,outros relaciono como devo me relacionar, como qualquer outra pessoa,com tolerância,sendo que,a tolerância é um comportamento(?)que ainda devo exercitar.Ainda não me condicionei que o dinheiro é mais importante que a dignidade,porra,as pessoas pagam contas no final do mês,precisam ter uma vida estável,que para mim estabilidade significa,ser "sereno",tranquilo,definitivamente viver sabendo que tudo é perecível.Então querendo ser serena,e sem dar a devida importância que os valores tem,vivo nervosa.Não me sinto mais estrangeira,o que me sinto é uma criatura de lugar algum,abra-se um parêntese,sou um ser totalmente presa à minha cidade,isso é meio louco,o que me faz sentir uma extra terrena,são as pessoas,é o pensamento coletivo,sou uma anomalia,sempre fui,e negar que isso seja difícil  é fuga,que dentre todas as coisas, é o que mais detesto.Fugir é verbo que não faz parte da minha existência,isso mostra o quanto estou por fora do que é viver entre pessoas.Como todos dizem depois de algumas horas conversando comigo:Sou uma louca!

4 comentários:

Vanessa Vieira disse...

Fantástico!!! Você fala com simplicidade tudo o que muitas pessoas queriam falar mas tem vergonha!

Cláudio Brasil disse...

Amiga, vc eh realmente d+... Muito d f... seu texto, adorei!!!

Non je ne regrette rien: Ediney Santana disse...

".A minha paciência para gente perfeita,gente linda demais,gente rica demais,nunca existiu"
E o que fica além de bons mausoléus ou lapides bem escritas que ninguém visita em dias de finados? Sou desestruturado por natureza e ando na linha por alguns exigências , seja lá como for não sofro porque tenho a vida que quero e pago a conta sem reclamar


“Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?

Douglhas Nassiffe disse...

Mas a melhor parte mesmo é acordar e descobrir que continua viva...
Amei!