quarta-feira, 9 de junho de 2010

The Queen Is Dead!

Um dia de domingo na minha cidade,minha banguela, mas amada por mim, pede a musica do The Smith,andando no verão ensolarado na estrada dos carros ou no inverno sombrio pela 14 de junho,ou vendo  o mar no farol da Barra,pede o pós-punk 80's dessa banda.Conheci a voz de  Morrissey na casa de minha Tia Bezinha e meu tio Hélio,meus primos Piço  e Luis Fernando promoviam essas celebrações adolescentes(muita bebida alcoólica às escondidas)dançavamos horrores,vestidos de pretos,cabelos cheio de" new have",com o famigerado corte pigmaleão,ou o famoso poodle;sem entender bulhufas do que as canções diziam,sentia imensamente aquela dor caracteristica que a poesia nos provoca,com o decorrer do tempo fui entender que  "The Smith",falava de mim também,da critica ao neo liberalismo,a fragilidade que Morrisey me mostrou com sua voz,a guitarra de  Johnny Marr que nos leva ao infinito.Quando ouvi pela primeira vez,a banda já havia se desfeito,nós chamavamos de Morrissey,apenas,sempre tinha duvidas onde ele e Renato Russo se encontravam,ou se eram a mesma coisa,o mesmo sujeito,no mesmo lugar,tenho a certeza que hoje sabemos que para a musica não existe lugar,momento,o que existe é o pertencimento da poesia e essa atravessa as ilhas Britânicas e pode desaguar no imundo Subaé,assistindo a queda do Solar de Aramaré,ou no note book do meu filho mais velho tocando como se o tempo não passasse nunca,só nas linhas que desenham nosso rosto e no nosso olhar sem contentamento e ávido por qualquer coisa que não seja espelho!

Nenhum comentário: