quinta-feira, 3 de junho de 2010

Minha amiga Touchê

Nós que entendemos e nos elegemos como a supremacia dos seres vivos de todo universo,ainda estamos longe de decodificar a linguagem dos outros animais,ou vidinhas,que supomos menores,sem inteligência e sofisticação social.Touchê é minha "Jabutizinha",que "comprei" porque segundo o povo mais antigo é otimo essa espécie de bicho,para a harmonia do lar,já dizia minha avó que espiritualmente pressentem doenças e afastam estas,mas particularmente Touchê é especial para mim,não pelo poder mediunico,convive comigo há mais de 8 anos,é uma amiga silenciosa, muito presente.Temos uma história de muito amor,principalmente dela por mim,quando me separei e resolvi sair da casa que morava com meu ex,ia esquecer dela,estava tão confusa,não podia trazer Kym,nosso cachorro,um pastor belga,muito danadinho,grandão e comilão,a minha nova casa era pequena,eu não tinha tempo para passear com ele e nem dinheiro para sustenta-lo,minha queridissima "Jabutizinha",tão constantes nas manhãs em que fiscalizava a saúde das plantas do meu jardim,não me tocava emocionalmente,esse tipo de animal não é um dos mais dependentes e carismáticos,entretanto minha "Touchezinha",que por muitos anos foi tratada como macho,no dia ultimo dia,quando propositalmente peguei a ultima peça,que foi a Nossa Srª do Bom Parto,fui me despedir de Kym,quando estava indo embora definitivamente da" Montanha da Serpente",ela veio correndo,correndo mesmo ao meu encontro,como se pedisse socorro,foi tão marcante que percebi a presença dela atrás de mim,com Nossa Srª nas mãos me debrucei para pegar minha bichinha e percebi que  ela estava chorando,desciam lágrimas dos olhos de Touchê,foi uma experiência tão forte na minha vida,eu e Touchê chorando,com Nossa Srª e "Zete"(uma ex funcionária) como testemunha.Não procuro dar alma a minha bichinha,não vivo conversando meus problemas com ela,nossa amizade transmutou essas primícias cotidianas,me preocupo quando com minha morte e a dos meus filhos quem vai cuidar da minha jabuti,fico preocupada com a virgindade dela(ela nunca cruzou),mas Touchê é um pedacinho da minha felicidade,é o testemunho de quanto sofri,de quanto erro e de quanto aprendi,não procurei metafisicamente entender porque ela chora,só desejo que jamais ela seja humana,existe mais peso na humanidade e na palavra do que em sua carapaça , nos seus passos lentos e no seu silêncio

3 comentários:

Non je ne regrette rien: Ediney Santana disse...

http://enredosetramas.blogspot.com/

Anônimo disse...

Na infância eu tive uma tartaruga, mas ela não era dada a sentimentos... a principal característica dela era a persistência. Ela teimava tanto em fugir que eu não tive escolha, tive que soltá-la perto de um riacho.
abraços
Hugo

Anônimo disse...

gostei do teu blog....
visita o meu aí...

vinnyvp.blogspot.com