quarta-feira, 10 de março de 2010

Misoginia!


Quando você se encontra,existe involuntariamente a necessidade de fazer com que outros também se encontrem,afirmo,sei quem sou,conheço minhas lutas,que ainda estão longe de serem de fato travadas,então não me nego a ser “espada”,estou cursando bacharelado em Estudos de gênero e diversidade,estou apaixonada,cada dia de aula,é um dia de certeza que estou fazendo a coisa certa.O feminismo é uma das minhas verdades,ser feminista me torna de fato quem sou,e como devo me posicionar na sociedade,não dormir e acordei feminista,confesso que vez ou outra eu xingo mesmo o gênero espelho,porem nunca me omito a ajuda,não considero as mulheres serpentes no paraíso,leio a bíblia e não acredito em nada que se refere a mulher como menor,falsa,devassa,leviana,submissa,gosto das religiões que colocam o feminino no altar,enfim,sou uma mulher que cultua o feminino.Agora imagine,estudar sobre gênero,trabalhar no setor publico,com cultura,então me vi como a revolução,seria a pessoa que promoveria a isonomia,equidade(não posso mais falar sobre igualdade,ela tem um modelo androcentrico,que exclui o q é diverso).Piada,”a estrada é longa e o caminho é deserto e o lobo mau,passeia aqui por perto”,fui toda feliz conversar com o coordenador de igualdade racial,que digo,foi um amor,gentil,generoso,uma pessoa que abre os braços para boas parcerias,conversamos,trocamos vivências,ótimo,faremos convenio com  instituições educacionais,e tal,até a coordenadora de defesa da mulher chegar,com toda falta de educação que deveria ser inexistente para uma educadora e servidora publica,sentou-se,não olhou nos meus olhos,apenas lançou o olhar do preconceito,sobre meu decote(ando mesmo de decote,sou descendente de índios,e ainda  com esse calor)ela estava toda de preto,uma pessoa claustrofóbica,falei  sobre minha proposta,para as mulheres,perguntei se ela tinha lido o “segundo sexo de Simone de Beauvoir,ela como uma porta,responde não,perguntei sobre as mulheres do recôncavo,ela com toda indisposição e má vontade,falou e não disse nada,então como não sou de servidão e nem de fugir,comecei  a questionar sobre os projetos,quem vai trabalhar,será uma dessas fofoqueiras?Será um desses que julgam a mulher pela roupa,pela puta,pela corneteira que não merece a mesma atenção que a fiel?Ela apenas me respondeu,as mulheres dessa cidade são todas umas preguiçosas,conformadas,não querem nada!O que dizer a uma pessoa dessa?Questionar seu diploma de nível superior?Indagar sobre humanidade?Direitos Humanos?Sobre Gênero(que ela afirmou q nem sabe o q é),que afirma que o problema do governo Lula é o mesmo do prefeito:dar emprego a quem fez campanha eleitoral  contra?Para esta  senhora,cheia de ranços,misógina,minha total indiferença,para minha cidade,para as mulheres, pobres ,negras,lindas,feias,velhas,jovens, lesbicas,vitimas da violência na minha cidade meu  mais violento e feroz  espírito de luta,minha indignação,estarei vigiando,como uma onça(é assim q meu pai me chama),não entregarei minha cidade,meu futuro,a pessoas que pouco ou nada sabem sobre amor,gentileza  e direitos humanos.

Um comentário:

Rita Colaço disse...

Permita-me uma sugestão:
http://memoriamhb.blogspot.com/2010/03/fazei-isso-em-memoria-delas-delas-e.html