sábado, 8 de maio de 2010

Sangro com meu amigo...


Despretensiosamente nós amamos,existe os amores sanguíneos pai,mãe,irmãos e o maior deles os filhos,no entanto tem um tipo de amor,que a gente entrega o coração,tão displicente, voluntariamente,levamos nas mãos ,colocamos nos altares da nossa adoração,roubam o nosso tempo,enchemos o saco deles,esse amor,que não existe  erotização,ou existe, vez  ou outra, é a amizade.Meu primeiro amigo,foi o primeiro que me pediu em casamento,nos conhecemos no maternal, jardim de infância da Babylândia(hoje José Nery),vivíamos tão grudados,que o povo da minha casa dizia q a gente ia se casar,eu sentia nojo,porque tem uma fase na infância  que meninos e meninas se odeiam.Ailton Jr. Foi o único entre todos os amores amigos,que sobreviveu a todas as fases da minha vida até aqui,com ele ganhei uma família anexa,ele como bom capricorniano é super seletivo em se dar,gosta de ficar sozinho,sei que nem sempre ele tem saco pra mim,mas sempre me diz a verdade,fico feliz quando ele vem dormir aqui,meus filhos o amam,Ailton é meu irmão,quando olho para ele,lembro da minha infância de Balão mágico;”Linda como o céu e tão profunda como mar,move até montanhas,não tem cor,não tem idade.Quem é que não sabe do que eu quero falar?É da amizade!”Esses versinho de musica infantil nos norteia até hoje na nossa caminhada para velhice.Dizem que espiritualmente os amigos  dessa vida,foram amores na outra,não sei definir,tenho amigos,graças a Deus,declaro ,sou uma pessoa péssima para se amar,porque sou louca,rebelde,displicente  e vaidosa,entretanto Deus preparou para essa minha vida de “montanhas russas”,de amores sexuais  confusos,amigos firmes,de verdade.Estou sangrando,um amigo hoje sofre,sofre pelas incertezas desse mundinho sacana,de encontros e despedidas,envelhecer dói,precisamos da matéria cada vez mais,fomos educados na cartilha das famílias burguesas de classe média,amamos Santo Amaro  ,crescemos ouvindo “Não se reprima” e  depois dos  30 ainda sonhamos e queremos mudar o mundo com poesia,nos irritamos  com a invasão alheia sobre a nossa sexualidade,mesmo quando tomamos  um bom vinho e damos gargalhadas escandalosas ou choramos trancados no quarto,nós nos abraçamos.

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