quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Diário de bordo:Triste Bahia,triste recôncavo !


Dia 04 de Novembro de 2009,aconteceu na cidade de Cachoeira a III conferencia de cultura território recôncavo,e surgiu em mim o medo do que está acontecendo com as políticas culturais da minha região,a sana sega pela “profissionalização”do fazer cultura,é um tal de querer capacitar profissionalmente o povo que é envolvido nesse meio,sempre digo que para o corpo é necessário cagar e mijar,para a alma é imprescindível fazer cultura,não preciso ser uma profissional para cagar,mas quando trava tudo ou solta demais,preciso de tratamento.Nos reunimos para propor soluções que supostamente salvará a cultura ,mas o que na pratica vivenciei,foi uma fogueira de vaidades,a queimar lenha verde,que arengava e ardia meu olho,pessoas sem sensibilidade,egoístas,que ainda acham que a solução das mazelas sociais está na estabilidade e desenvolvimento econômico,mas também vi os pequeninos se unirem para derrubar um gigante,a arrogância e a ilusão de ser superior que feri,humilha,e nos diminui ,porque sabemos que cada vez mais as aves de rapina estão tomando o comando,nos editais,nas indicações e informações privilegiadas, isso faz com que a maioria(que são os pequeninos)percam a fé de que pode ser possível sim,que para ser um ser cultural,não é fundamental está nos meios midiaticos,o ser cultural não é sagrado,não é o inatingível,que o espírito competitivo só afasta a igualdade,e enlarguece o buraco das diferenças,não existe fortes,fracos quando falamos em recôncavo,aqui existe muita miséria onde vemos verdes pastos,existe muito sexismo onde comemoramos Maria Quitéria,existe muita falta de respeito a diversidade quando vemos um homossexual satirizar de forma ridícula e sem compromisso a poesia.A conferencia de cultura do recôncavo,foi o retrato da tristeza,a desorganização da Secretaria Municipal de ,não respeitou a história,nem a beleza que é esta cidade,não respeitou a força feminina que esta cidade tem,de bem receber,de resistir e lutar.Fui embora muito triste em saber que o que está se esboçando ,para ser um novo tempo de cultura viva é o quem pode mesmo é quem paga mais.Anseio que num futuro muito próximo possa assistir a uma mudança,onde o separatismo desapareça,os muros simbólicos sejam destruídos,que todas as cidades se compreendam como “une”,somos muitos,somos um,somos o que desejamos ser,desejemos então muito mais do que dinheiro,desejemos AMOR,IGUALDADE e GENTILEZA

Um comentário:

Non je ne regrette rien: Ediney Santana disse...

Cultura é penduricalho para a maioria dessa gente, em Ilhéus tem mais ... Pelo menos foge da rotina